Nos primeiros tempos de faculdade, foi com ela que partilhei várias vezes um pouco da minha vida... Estava na recta descendente de um namoro que já há muito tinha deixado de ser saudável... Ela muito me ouviu (ou leu, nas inúmeras conversas escritas durante as aulas de climatologia e afins, que chegavam a ocupar 3 ou 4 páginas de folhas arrancadas ao caderno!) e muito me aconselhou...
Durante os anos seguintes a empatia mantinha-se, mas a uma maior distância, por um lado consequência natural dos namoros recentes que ambos começámos, por outro também algum afastamento meu, de tão absorvido fiquei na nova realidade da minha vida, e de isso me levar a estar num grupo um pouquinho diferente do dela.
Mas é engraçado como passado esse tempo, voltámos às mensagens dos cadernos... desta vez através dos blogs, mas sempre sabendo que o outro está do outro lado do ecrã, atento à aparição de um novo apontamento, de uma novidade, de uma alegria ou de uma tristeza.
No fundo, para mim, escrever algures na internet o que vou sentindo continua a ser simplesmente a mesma e única coisa que fazia nas aulas de climatologia ou geografia humana em 2001 e 2002... Porque eu sei que estás aí a ler, atenta às parvoíces que vou dizendo, às angústias que vou partilhando, às alegrias que vou tendo. Isso é muito importante para mim!
E também eu, garanto-te, todos os dias vou pelo menos duas vezes à tua procura... ver que nova mensagem deixaste no caderno.
Não preciso sequer dizer o teu nome... tu sabes bem que é a ti que me refiro! (e sim, vamos com toda a certeza a um concerto do David Fonseca em breve!!)
Um grande beijo de alguém que continua a sentir-te próxima apesar da distância!