A noite de Santo António, em pleno coração de Lisboa, é sempre animada. Entre a tentativa de conseguir um jantar minimamente decente numa qualquer tasca com meia dúzia de mesas na rua, a paragem obrigatória na ginginha (mas atenção, não é nessa ginginha! É na outra lá mais acima um bocadinho, que tem menos gente!), a passagem (não menos obrigatória) pelo campo das cebolas, onde se dança ao lado de caixotes do lixo fedorentos a transbordar de espinhas de sardinha, a caminhada em fila bem apertadinhos no meio da multidão até ao bailarico no Largo do Salvador (viva Alfama!!) e a caminhada (ainda mais apertada) até à igreja de Santo António, muito se bebe, canta, dança, brinca… E se, de facto, a parte dos apertões no meio da multidão não é das mais agradáveis, a verdade é que o bailarico, o convívio, o cantar às velhotas que aparecem sempre à janela no Largo do Salvador, as inúmeras parvoíces que se dizem e a companhia dos amigos compensam sempre largamente tudo isso.
Portanto, queria só aqui dizer que este ano é que é!! Por isso, por favor vão preparando os fatos, as prendas, tudo… porque, pelo menos a julgar pelos tais casais desconhecidos (e quem sou eu para duvidar deles?!), deste ano não passa!!!
P.S.: Há vários textos a povoar este computador que estão a fermentar, à espera de tempo e inspiração para serem acabados, ou que estão simplesmente indecisos acerca do melhor momento para saltar para o lado de cá, onde mais pessoas os possam ler (talvez até indecisos se outras pessoas os devem ler)... Mas alguma coisa irá surgindo, a seu tempo.